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Cotidiano

Valorize sua liberdade!

Valorize sua liberdade!

"Fui suspenso por cantar uma música"

Publicado em 09/11/2020, por Augusto Silva de Souza - Cotidiano - CRA News.

      Ao longo do tempo, muitos governos sobrepuseram suas vontades às do povo com uso de violência e de censura. Com a pandemia da covid-19, algumas máscaras caíram e o autoritarismo se revelou em várias partes do mundo. Será que o futuro será um reflexo do passado?

        Primeiramente, o que é um governo autoritário em si? O autoritarismo é uma forma de governo antidemocrática em que os poderes se concentram na mão de uma pessoa ou um grupo, geralmente representante do Poder Executivo. Nele, não há eleições, as liberdades individuais não são respeitadas e a cidadania não é exercida. 

        O Brasil já passou por períodos assim, como na Ditadura Militar de 1964. Nessa época, os militares tomaram o poder por meio de um golpe e controlaram o país por 21 anos. Durante esse tempo, a imprensa foi calada, eleições, suspensas e a oposição, massacrada.

        A nossa equipe entrevistou o professor Júlio César da Paz, que nos disse um pouco sobre como acontecia a opressão naquele período. Segundo ele, tudo era feito para engrandecer o governo, as atividades eram sobre as grandes obras que o Estado realizava, os militares sempre estavam presentes de alguma forma na escola, até as músicas deveriam ser selecionadas de forma pré-definida. 

      “Uma vez eu cantei a música 'Cálice', de Chico Buarque, em uma apresentação da escola e fui suspenso durante uma semana”, relata nosso entrevistado. “Um amigo meu foi preso por ser considerado subversivo e a maioria dos projetos (artísticos) que nós produzíamos na época não iam pra frente”.

      Atualmente, pelo menos no contexto ocidental, governos autoritários não são comuns, mas, nos últimos tempos, representantes com tendências autoritárias vêm tomando o poder. Com a pandemia, alguns governantes tomaram medidas inesperadas de cunho autoritário, como a censura de dados de mortos e de infectados no mês de junho pelo governo brasileiro e o fechamento do parlamento húngaro em março. Esses acontecimentos não são brincadeira e é necessário que todos estejam atentos ao que vem acontecendo. 

      A democracia é um direito conquistado e que deve continuar sendo exercido por todos. A opressão deve ser combatida em qualquer lugar e em qualquer época, independente do que aconteça. Por isso, lute por seus direitos, exerça sua cidadania, não espere que ela seja tirada de você para que tome uma atitude!

Terceira Edição

Até quando?

Relatos sobre racismo e homofobia vão desde ofensas a agressões e ameaça de morte.

Publicado em 14/07/2020, por Augusto Silva de Souza e João Pedro Chagas Ribeiro- Cotidiano - CRA News.

       Nos últimos dias, vem ganhando destaque na grande mídia a abordagem do racismo, graças ao movimento "Black Lives Matter". Além disso, devido ao mês do orgulho LGBTQIA+, a discussão sobre a homofobia na sociedade atual torna-se naturalmente mais forte. Essas formas de discriminação, apesar de muito presentes, não são tratadas com seriedade pelo grupo que não as sofre, porém isso vem mudando.
       Na abordagem desses assuntos tão delicados, deve-se ouvir aqueles que sofrem o preconceito. No país onde mais pessoas LGBTQIA+ são mortas e em que a violência contra a população negra e indígena por parte do Estado preocupa as organizações internacionais de direitos humanos, é evidente que essas populações não têm um dia sequer de paz.
      Segundo uma pesquisa realizada pela equipe do CRA News, cerca de 60% dos entrevistados afirmaram já ter presenciado cenas de racismo, um número muito preocupante. Entretanto 25,4% responderam nunca ter presenciado atos racistas, uma resposta comum, visto que o racismo costuma aparecer de forma discreta, quase imperceptível. A pesquisa envolveu 195 voluntários por meio da resposta a um questionário on-line.

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       Na pesquisa, temos relatos como esses:

      "Uma senhora no mercado simplesmente não aceitava que o gerente (com quem ela exigia falar) era negro."

      "Eu e mais duas amigas, que também são negras e têm seus cabelos cacheados/crespos, estávamos esperando no ponto de ônibus de Fama para voltarmos para Alfenas, e um senhor branco passou por nós, seguiu seu caminho, mas logo ele voltou, olhou pra nós e perguntou se nós estávamos armando uma arapuca, pois, com os nossos cabelos, essa era a única coisa que poderíamos estar fazendo,"

       "Minha mãe estudava na Unifal, só por ela ser negra e mais velha, uma mulher que trabalhava na universidade, quando ela chegou lá, falou que tinha banheiros para minha mãe lavar".

       "Fui chamada de macaca por ser negra."

       "Riram de mim porque namoro um negro."
       Portanto, torna-se evidente que a população negra é discriminada no trabalho, na escola, na rua e em todos os lugares, em que o racismo leva grande parte da sociedade a trata-la como marginal.

       Ainda segundo a mesma pesquisa do jornal, uma grande parte dos participantes, 57% deles, disseram já ter presenciado cenas de discriminação em relação à orientação sexual. A homofobia é presente na vida de todo LGBTQIA+, seja ela por parte de falsos amigos, familiares ou desconhecidos.

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        Seguem alguns relatos dos entrevistados na pesquisa:
       "Estávamos em uma festa em Alfenas e um amigo que é bissexual estava dançando com a gente e com uma outra menina que tínhamos conhecido na festa. Quando menos se espera, eu me deparo com o meu amigo no chão, um homem o empurrou e pisou na cara dele, ele saiu ferido fisica e emocionalmente. O segurança disse que não podia expulsar o cara da festa porque ele era um dos maiores traficantes de Alfenas, e, quando fomos perguntar para o agressor o motivo daquilo, ele disse que o meu amigo dançava que nem uma menina."
       "Já percebi pessoas sendo desvalorizadas profissionalmente, sendo impedidas de ocupar cargos elevados por serem homossexuais."
    Alguns depoimentos apresentam situações que a população LGBTQIA+ brasileira enfrenta diariamente, como ao denunciar a violência sofrida, ser neglicenciada pelas autoridades. Nas outras respostas à pergunta, ficou evidente que algumas instituições acobertam casos de homofobia enquanto outras contribuem para o aumento de atos de homofobia.

       A realidade do preconceito não se limita só ao Brasil, o intercambista Herlander Narciso dos Santos Daio, em entrevista com a nossa equipe no dia 20/06, relatou que passou por muitas situações similares na Europa. Segundo ele, já foi explorado, impedido de frequentar certos locais e até ofendido por ser negro.

      Entretanto, nosso entrevistado afirma que hoje isso não o afeta mais. Segundo ele: "A pessoa que tem essa mentalidade vai morrer com essa mentalidade, não podemos nos deixar afetar pelo que ela diz".

     Helander também afirmou que: ”Nós não temos que ficar apegados no passado e pensar em vingança dos negros contra os brancos, admiro ícones, como Martin Luther King e Morgan Freeman, que acreditam na paz e na igualdade. ”

       A discriminação é um problema sério que se estende pelo mundo inteiro, portanto deve e será combatida, mas da forma correta. Há esperança por meio do diálogo e da conscientização que, num futuro, todos possam viver em paz, independente do que são, sem julgamentos.

Segunda Edição

Está dando certo?

Leandro Fávaro, coordenador dos Ensinos Fundamental II e Médio, do Colégio CRA, nega possibilidade de queda de rendimento pelo modelo EAD.

Publicado em 15/05/2020, por Augusto Silva de Souza - Cotidiano - CRA News.

          Em meio a uma pandemia, escolas tentam adaptar-se a um formato de ensino a distância (EAD). O Colégio CRA não ficou para trás, desenvolvendo suas aulas por meio de videoconferências, mas será que essa medida agradou a todos? Será que há algo para melhorar? A equipe do CRA News foi em busca dessas respostas.

       A nova prática divide opiniões entre os alunos. A grande maioria acredita que a escola está fazendo um bom trabalho e alguns alunos disseram que preferem as aulas EAD, mas outros não aguentam mais esperar pelo retorno das aulas presenciais.

          Embora alguns alunos acreditem que as atividades a distância substituirão algumas presenciais, a maioria pensa que essa situação só reforçará a importância do trabalho realizado de forma habitual. Isso se deve graças à necessidade do contato social com as outras pessoas, segundo os estudantes.

         Leandro Fávaro, coordenador dos Ensino Fundamental II e Médio, do Colégio CRA, em entrevista a nossa equipe jornalística, negou a possibilidade de uma queda no rendimento ocasionada pelo método EAD. Além disso, indicou que a ideia de um desempenho pior em disciplinas on-line é ilusória e, segundo suas próprias palavras, "há um preconceito em relação à educação a distância".

       O entrevistado, que conta com uma grande experiência relacionada à EAD, ao ser perguntado sobre a preparação da escola para tal mudança, disse: "Não foi um processo simples, mas já estávamos preparando nossos professores desde o ano passado em relação à EAD." Além disso, acrescentou que "a questão do horário das aulas é organizada com uma semana de antecedência".

          Sobre os possíveis problemas das aulas on-line, Leandro Fávaro disse que foram, em sua maioria, técnicos, o que já era previsto. O coordenador também expôs demandas que a EAD poderia sanar mesmo após o término da quarentena, como a falta de professores em algumas regiões do país. 

       A coordenação do colégio fez uma pesquisa de opinião entre os alunos sobre as web-aulas e disponibilizou ao jornal os dados representados pelo gráfico a seguir:

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        A pesquisa foi feita com 118 alunos, mostrando seu grau de satisfação numa escala de 0 a 10. Como podemos ver, de forma geral, os alunos estão muito satisfeitos. Esperemos para ver os frutos colhidos com esse modelo de educação.

Primeira Edição

A campanha eleitoral continuará!

Pesquisas apontam a chapa “Malala-d’Arc” como possível vencedora.

Publicado em 26/03/2020, por Augusto Silva de Souza - Cotidiano - CRA News.

      

       A eleição para o grêmio estudantil do Colégio CRA está prevista para o período de retorno às aulas presenciais. Haverá três chapas concorrendo aos cargos do grêmio: “Malala-D’arc”; “ARM” (Aprendizes Rumo ao Mundo) e “Poder Jovem/’.
Durante muito tempo, os grêmios, principalmente na cidade de Alfenas, foram tratados como algo obsoleto, mas eles estão voltando com toda força. Na história, eles representavam a voz dos alunos nas escolas e eram uma forma de lutar contra regimes autoritários. Foram fechados com o tempo devido a incomodar a direção das escolas com ideais mais conservadores, alegando que o grêmio mais atrapalhava que ajudava.
       A campanha eleitoral para o grêmio estudantil do Colégio CRA, segundo o coordenador Leandro Fávaro, continuará normalmente, apesar da paralização em decorrência do coronavírus (Covid-19), e será feita via internet. A maioria das chapas começou sua divulgação na última quarta-feira  (18/03), por meio de grupos do aplicativo WhatsApp.

     Maria Eduarda Florêncio, candidata à presidência do grêmio pela chapa “Malala-d’Arc”, em entrevista com a equipe do nosso jornal, ao ser questionada sobre a presença majoritária de mulheres em sua chapa, diz que “Na política, nós não vemos representantes femininas e as meninas de hoje podem ser as líderes de amanhã”, mostrando apoio à emancipação das mulheres. Além disso, continua: “Nos filmes, é sempre uma menina correndo atrás de um cara, você nunca vê uma mulher poderosa por mérito próprio e eu acho legal representar isso no grêmio de uma escola”. Dentre as principais propostas da chapa, estão o incentivo ao esporte; a realização de projetos socioculturais, como a semana da saúde mental e a semana cultural; parcerias com restaurantes em um sistema de delivery e a criação de uma estação de rádio para a escola.

     Ana Laura Becker e Sofia Cabral, secretária e diretora de eventos externos da chapa “ARM”, disseram que seu principal objetivo é ajudar mais alunos não só em questões pedagógicas, mas também melhorando e harmonizando o ambiente. O foco da chapa é a democracia e a participação de todos por meio de espaços em mídias sociais, em que os alunos poderão manifestar seus interesses. A equipe da “Aprendizes Rumo ao Mundo” correrá atrás das demandas dos estudantes. Suas principais propostas são a criação de projetos extracurriculares, como clubes (xadrez, esportes, etc.), de palestras, de grupos de estudos e de bailes.

       A chapa “Poder Jovem” foi representada na entrevista com nosso jornal por Alice Goulart e Yasmin Siqueira, candidatas à secretária e à diretora de apoio pedagógico. O grupo se restringe a membros do Ensino Fundamental II. Quando questionadas sobre a formação da equipe, as entrevistadas disseram que, apesar da falta de experiência, acreditam que será possível fazer uma boa gestão com o apoio da coordenação. O projeto se mostra bastante preocupado em envolver a escola em causas sociais e facilitar a vida dos alunos, principalmente com a inserção de armários na escola.

        Foi realizada uma pesquisa com cinquenta (50) alunos do colégio, por meio do Instagram, acerca das intenções de voto. Os resultados são mostrados no gráfico a seguir:

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       Se ainda não se decidiu, busque saber mais sobre as propostas das chapas. A escolha do grêmio estudantil é importante para que você se faça representar na escola. Participe!

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